quarta-feira, 28 de maio de 2008

Speed Racer

Go Speed Racer! Go Speed Racer! Go Speed Racer, Go!!!


Nunca gostei de Speed Racer, não me pergunte porque, mas fato é, sempre que eu começava a assistir a animação nas manhãs de domingo da Rede Record eu trocava de canal! Ainda sim, segui a filosofia "pagar pra ver" (sem duplo sentido) e fui assistir a versão em película do personagem. E que boa decisão que tomei, os R$ 5,50 do ingresso foram muito bem gastos.
Speed Racer é um filme divertido. Muito divertido.
O projeto idealizado e dirigido pelos Irmãos Wachowski (criadores da Trilogia Matrix) tem um roteiro simples (muito simples), com um certo maniqueísmo infantil, que não consegue manter um bom ritmo durante os 129 minutos de exibição. A história, por sua vez, preserva o plot da animação original: Speed é o filho do meio, que sonha em ser o melhor piloto do mundo e honrar o irmão mais velho, Rex, morto em um acidente. O pai é o mecânico e chefe da equipe. A mãe é responsável por manter a casa em ordem e a equipe bem alimentada. Gorducho é o caçula e está sempre grudado com Zequinha, o chimpanzé de estimação da equipe e comparsa nas horas de fazer coisas erradas. Tem ainda o mecânico Sparky , a namorada de Speed, Trixie, e o enigmático Corredor X. Todos unidos para desmascarar um grande empresário das corridas e seus "esquemas" sujos.
Graças aos deuses do cinema que temos um elenco composto por um incontável número de atores carismáticos. Emile Hirsch no papel do protagonista Speed está ótimo, dentro do arquétipo do herói sonhador, que defende seus ideais nobres, etc, etc. Já Susan Sarandon e John Goodman dão vida de forma excepcional aos pais do herói (Goodman nasceu para fazer Pops). Gorducho (Paulie Litt) e Zequinha (o macaco) só pra variar, são os mais chatos da história, mas também responsáveis por bons momentos de comédia. Trixie, a namorada do protagonista, foi muito bem aproveitada no roteiro, assim como bem interpretada pela bela Christina Ricci. Ponto para o Corredor X, o personagem mais interessante do filme (acho eu), vivido por Matthew Fox (o Jack de Lost); o ator da um ar de "cara mal com coração bom" muito divertido para o personagem. Enfim... temos um conjunto de atores muito confortáveis nos papéis que desempenham, dando um certa competência ao filme. Se ele perde no roteiro, ganha no carisma dos atores.
Agora, sobre o visual do filme, bem, ele passa longe da palavra real. O filme inteiro é uma viagem psicodélica, em meio a corridas de carros estilo "Hot Weels"! O espectador provavelmente fica com a impressão de que usou algum tipo de alucinógeno, devido a quantidade de cores vibrantes e movimentação incessante gerada por uma computação gráfica que, apesar de não ser perfeita, brinca com essa estética video-game, buscando assim fazer despertar a criança existente em cada adulto! Junte a isso todas as peripécias e artimanhas de vilões-pilotos cartunescos ao extremo e você tem um desenho animado com pessoas reais (uma estética muito semelhante a da trilogia Pequenos Espiões de Robert Rodriguez). E para os fãs de longa data, as "habilidades" tecnológicas do carro Match 5 estão presentes no filmes; saltos, serras, blindagem, enfim, tudo (pena que aquele pássaro radar não é usado, somente citado). Há ainda o espaço para a boa e velha ação, com direito a uma luta contra mafiosos, e até mesmo ninjas! Mas a cereja do bolo é definitivamente a trilha sonora. Toda ela foi criada a partir da musiquinha clássica do desenho. A todo momento ouve-se aquela batidinha que todo nerd aprendeu quando ainda usava fraudas. E isso dá uma sensação de nostalgia única, deixando a projeção do filme ainda mais agradável!
Pois bem, Speed Racer é um bom filme, que diverte a todas as fachas etárias. Veja, vibre, sorria, e fique tonto com as corridas coloridas de Speed e sua turma, e prepare-se para muita confusão! Ha! Ha! Ha! Ha! Ha! NOTA: 8,5


quinta-feira, 22 de maio de 2008

I'm Stuck In The TARDIS!!!

Fantastic! Brilliant!


É engraçado como através do acaso encontramos coisas novas e muitos interessantes, que vem para nossas vidas inicialmente como uma simples forma de divertimento, mas acabam influenciando nossa visão de mundo. Pois bem, eis o que aconteceu: estava eu a folhear uma edição da revista Sci-Fi News, lendo as diversas matérias publicadas. Depois de algumas páginas lidas (e outras puladas) chego a uma reportagem que me chama a atenção, não pelo título, mas pelas fotos que ela ostentava; a primeira mostrava um homem magro, de cabelos curtos quase calvo e grandes nariz e orelha, de expressão engraçada. O nome do dito cidadão: Christopher Eccleston, um ator inglês que já havia trabalhado em filmes como Elizabeth (1998), Os Outros (2001) e Extermínio (2002)! A segunda imagem mostrava três robôs de visual trash que me fez lembrar daqueles filmes de ficção científica dos anos 50. Já a matéria tratava do revival de uma série inglesa intitulada Doctor Who (Doutor Quem), produzida pela BBC e lançada em 2005. Pronto, minha curiosidade estava em modo on! Tempos depois, no final de 2007, forçando meu PC ao extremo, consegui baixar as três temporadas da série (na base da internet discada). E foi então que descobri uma das mas maravilhosas séries de TV que já assisti. Mas antes de dar minha opinião, darei uma espanada na história do programa e de sua importância.
Doctor Who é uma série de ficção-científica criada em 1963 pela BBC. Ela conta as aventuras do Doutor (isso mesmo, o nome do personagem é apenas Doutor, por isso a brincadeira do título: Doutor, Doutor quem?), um membro da raça dos Senhores do Tempo, nativos do planeta Gallifrey que viaja pelo tempo e espaço, testemunhando a história e impedindo que a mesma seja alterada. Sua nave, a TARDIS (TARDIS é uma abreviatura para Time And Relative Dimensions In Space - Tempo e Dimensões Relativas No Espaço) tem o formato de uma cabine telefônica policial londrina dos anos 60! A série teve 26 temporadas seguidas (1963-1989), depois foi suspensa até 1996 (exibição de um telefilme co-produzido pela FOX e pela BBC) e relançada com grande sucesso em 2005. É a série de 2005 que eu acompanho. Ela também está referenciada no Guiness como "a mais longa série de ficção científica do mundo", sendo também um ícone da cultura popular.
Pois bem, vamos a série de 2005. Essa nova versão, produzida por Russell T. Davies tinha como proposito reapresentar o personagem a uma novo geração, sem claro, desconsiderar as 26 temporadas anteriores; ou seja, seria uma continuação da série clássica, mas sem a necessidade de tela visto para entender a história. Pura e simples uma reapresentação da mitologia.
Ai chegamos a Primeira Temporada (2005), na qual o Doutor é interpretado pelo já citado Christopher Eccleston. Como era de costume na série clássica, o Doutor sempre tinha uma parceira, a bela donzela que o acompanhava em suas aventuras. Dessa vez não podia ser diferente, e para interpretar a acompanhante do Viajante do Tempo, os produtores escalaram uma bela cantora inglesa, de olhos expressivos, cabelos loiros, lábios grossos e um sorriso encantador, de nome Billie Piper, interpretando assim a espirituosa e divertida Rose Tyler. Adicione a isso um novo plot: agora, e diferente das temporadas anteriores, o Doutor está só, isso porque ele é o último sobrevivente de sua raça. Os Lordes do Tempo foram "extintos" no que ficou conhecido como a "Última Grande Guerra do Tempo", na qual eles travaram a derradeira batalha contra seus inimigos máximos, os Daleks, uma raça de "robôs" cujo único objetivo é o extermínio de todas as coisas vivas.
Durante toda a primeira temporada, vemos um timing perfeito entre os dois protagonistas, sempre "jogados" de cabeça em situações bizarras (que poderiam se classificar muito bem como nonsence): aliens gordinhos, manequins vivos, crianças fantasmas e todo o tipo de seres cruzam o caminho do Doutor, que sempre usa de sua inteligência para resolver os conflitos e problemas em que se mete (ou fugir deles). E Eccleston é incrivelmente bom ator. Ele não interpreta o personagem, ele é o personagem! E Billie é o sopro de jovialidade que circunda o antigo espírito do viajante do tempo e seus 900 anos de idade. A temporada é leve, divertida, mas sempre com uma entonação séria, dramática, com sentimentos verossímeis.
O clímax da temporada se dá nos dois episódios finais, quando Rose e o Doutor se deparam com uma armada de Daleks sobreviventes da Última Guerra do Tempo. Como previsto, os vilões são derrotados, mas não sem antes alterarem o Doutor. É ai, nesse "season finale" que sai Chris Eccleston e entra David Tennant no papel de protagonista. A explicação para a mudança de ator é simples: quando um Lorde do Tempo está a beira da morte, ele pode mudar todas as células de seu corpo e "enganar" a morte. Ele muda de aparência e personalidade, mas ainda preserva as memórias de suas "vidas" anteriores (essa foi uma tática usada pelos produtores da série clássica para justificar a saída dos atores, e assim poder continuar a série - Eccleston foi o nono ator a interpretar o Doutor; Tennant o décimo).
E assim chegamos a segunda temporada. Com Tennant e Billie cruzando galáxias dentro da Tardis. Essa temporada, na minha opinião, não é uma das melhores. O clima dela é pesado, mostrando uma lado mais sombrio do personagem, um Doutor "cercado pela morte". Boas histórias, mas sempre terminadas de formas tristes. O interessante dessa temporada é que ela, de certa forma, transmite um pouco o "clima" da série clássica. Se a primeira temporada era uma apresentação sem muitas referências as 26 temporadas anteriores, a segunda se molda em reverência ao nostálgico. A sintonia dos atores é ótima e o season finale é excelente, mostrando um duelo entre Daleks e Cybermens (uma releitura de antigos inimigos do Doutor). Esse, por sinal, marca a saída de Billie Piper da série.
Já a terceira temporada é onde Tennant se consolida de vez como o novo detentor do título de Senhor do Tempo. Se antes ele estava ganhando o público lentamente, agora ele se solta, dando características próprias ao personagem. Uma nova "ajudante" é introduzida na série: Martha Jones, interpretada pela ótima Freema Agyeman. Miss Jones é jovial, de personalidade forte, e coração grande. Aqui, os produtores parecem que acertaram a mão: essa nova temporada não tem o clima alegre dá primeira, mas também não tem o clima pesado da segunda. Cria-se, então, um equilíbrio perfeito o drama é a comédia, entre o final feliz e a dura realidade do mundo. Dentre as aventuras do Doutor, bem, temos Shakespeare, espantalhos "ets" e estátuas me mármore vivas. O final da temporada é espetacular, resgatando um antigo vilão da série clássica, o Master, um outro Senhor do Tempo. O fim da série também é marcada saída de Freema do programa.
No intervalo entre um temporada e outra, temos os Especiais de Natal, exibidos pela BBC em 25 de dezembro (eu sei... isso é obvio). A série também gerou alguns spin-off, como The Sarah Jane Adventures e Torchwood.
Agora estou acompanhando a Quarta Temporada da série , que está sendo exibida pela BBC. A nova companheira do Doutor é Donna Noble, interpretada pela comediante Catharine Tate. O jeito desbocado e mandão da personagem cria um contraponto interessante (além, é claro, de situações engraçadissimas)! Mas essa temporada aguarda ainda muitas surpresas, como a volta de Rose Tyler, e dizem as más línguas (ou seriam as boas!?!?) a volta de Gallifrey!
Claro que para entender Doctor Who é preciso assistir a cada episódio. Vocês vão rir, chorar, vibrar, etc, etc, etc, isso porque a série tem uma qualidade excepcional. Cada nova história é uma brincadeira com os limites do impossível, o que dá ao espectador uma visão de mundo única, que se aplica não só a série, mas também ao mundo real. Parece que depois de conhecer o Doutor você passa a ver o mundo de forma diferente. Esse estranho e gigantesco mundo parece que se torna pequeno diante da grandeza que é o universo e o tempo. Por isso eu digo, para os fãs de ficção-científica, fãs de drama, de comédia, assistam as presepadas do personagem, porque depois delas, garanto que você não será mais o mesmo. Então, corra para o site (ou emule) mais próximo e faça o download. Se não tiver como, procure no canal pago People & Arts que a série é parte da programação. Na falta de palavra melhor, eu definiria Doctor Who como simplesmente... FANTÁSTICO!

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Um Beijo Roubado

Ao som de jazz a vida se torna mais bela!


Engraçado, estava eu em uma sessão de cinema (não me lembro qual) esperando o início da exibição. Eis que na tela surge um trailer, mostrando a beleza da cantora Norah Jones, seguido pela aparição de outros três atores que admiro: Rachel Weisz, Jude Law e Natalie Portman. Logo se demonstra no trailer o interesse romântico entre Jude e Nora, assim como o clima sutil e lento do filme, este moldado ao som de jazz. Como uma resposta automática do meu cérebro me vem a lembrança o excelente Closer - Perto Demais (2004), também estrelado por Law. Pronto, foi o suficiente para eu querer assistir o dito filme.
Com o singelo título de Um Beijo Roubado, o filme me deixou com um certo "pé" atrás, e digo porque: era a estréia de Norah Jones como atriz, e vocês sabem, cantores não tem muita sorte em suas investidas no cinema (vide Madonna). Começa a exibição, e nos primeiros minutos ela não me convenceu. Passam-se mais alguns minutos e, graças ao bom Deus era só impressão. Termina o filme e chego a conclusão de que Norah se saiu muito bem em seu primeiro papel, encarando uma protagonista logo de cara.
A película mostra Elizabeth (Jones) que vai a um cafe para se encontrar com seu namorado. Lá ela descobre, por meio do dono do local, Jeremy (Jude Law) que ele se encontrava com outra. Com o passar do tempo surge uma amizade entre os dois, abastecida com fatias e mais fatias de torta. Entretanto, para Elizabeth, permanecer ali é continuar ligada a seu ex-namorado. Então ela parte, buscando se auto-conhecer, e claro, apagar da memória o passado.
O ótimo roteiro foca dois momentos desse jornada pessoal. O primeiro, quando sua vida se cruza com a de Arnie Copeland (David Strathairn), um policial bêbado recém-divorciado que freqüenta o bar que ela trabalho, e a da esposa do mesmo Sue Lynne (Rachel Weisz)! O segundo momento mostra sua estada em Las Vegas e seu encontro casual com Leslie (Natalie Portman) uma jogadora de cartas que por um "problema" financeiro acaba por ser ajudada por Elizabeth.
Ambos os núcleos são excelente. A atuação de David Strathairn é excepcional; o espectador se compadece com a dor do personagem, que parece ter desistido de viver. Rachel Weisz como a esposa perseguida esta espetacular, para não dizer extrema, alternando momentos de ódio e tristeza de forma incrível. Já Natalie Portman, ótima como sempre, vive uma jovial jogadora com alguns problemas familiares. Ah, faltou o Jude Law, com seu bom e velho sotaque britânico. O ator também atua muito bem, levando com certa sutileza seu personagem.
Um Beijo Roubado é um filme lento, de olhares, de silêncios, portanto não recomendado para pessoas que só assistem a filmes de ação. E o roteiro é muito bom, formando uma espécie de círculo, de onde a triste Elizabeth parte para buscar superar sua dor, atravessando o país, para no final voltar ao ponto de partida, neste caso, sua amizade com Jeremy, agora mais madura; tudo isso regado com uma ótima trilha sonora. O único ponto fraco do filme é seu título em português "Um beijo roubado". Título esse justificado por uma cena no final do filme. O original, "My Bluebberry Nights", traduzindo de forma literal, seria algo como "Minhas Noites de Mirtilo"; mirtilo é uma espécie de uva, e se refere as tortas feita com a fruta e vendidas no cafe. Ou seja, o nome do filme faz alusão as noites de conversa na qual a amizade entre Elizabeth e Jeremy é construída, todas elas, como já havia dito antes, abastecidas por fatias de tortas. E ai que levanta-se a pergunta: Por que algumas distribuidoras simplesmente não preserva os títulos originais dos filmes? NOTA: 9,5


terça-feira, 20 de maio de 2008

Três Vezes Amor

Definitivamente, Talvez!

Verdade seja dita, o único motivo que me levou a ver esse filme foi a presença no elenco de uma certa menina nova-iorquina de doze anos de idade. Seu nome: Abigail Breslin. Me apaixonei pelo talento e carisma dessa menina no começo de 2007, quando assisti ao excelente Pequena Miss Sunshine, e de lá pra cá virei fã assumido dessa pequena prodigio. A capacidade dela de emocionar platéias é inegavel - vide, por exemplo, a cena da igreja no filme The Ultimate Gift (2006), onde Abby interpreta uma menina com leucemia, é de fazer o mais truculento dos marmanjos chorar.
Pois bem, Miss Breslin foi a razão de assistir esse filme, porém, ao termino da sessão, achei inúmeros outros motivos para elogiar o filme. Vamos a eles...
Começo pelo óbvio: filmes de comédia-romântica tendem a ser repetitivos e muitas vezes chatos, com aquelas histórinhas que você sabe o final desde o começo da exibição. O mérito de Três Vezes Amor está exatamente na capacidade do filme de fugir desse "destino" clichê, ou de uma pieguice barata. Com um roteiro leve, que consegue fluir muito bem, o diretor conduiz três momentos amorosos na vida de um pai solteiro (Ryan Reynolds), que os relata a sua filha (Abigail) em um jogo onde ela tem que descobrir qual das personagens da narrativa do pai é sua mãe!
Dos três núcleos, o mais sem-graça é o protagonizado por Elizabeth Banks, que interpreta a namoradinha de escola de Will Hayes (Reynolds). Já o mais interessante, é, sem sombra de dúvidas, o estrelado por Rachel Weisz. A sofisticada Summer Hartley é posta na tela de uma forma sutil e perfeita; aquele que assiste o filme só se delicia com a atuação de Weisz, é uma sensação única. Já a alegre April Hoffman, interpretada por Isla Fisher é a mais carismática das três, uma moleca que vive a vida intensamente. Cada uma "acontece" na vida de Will em um momento diferente, acompanhando seu amadurecimento.
Porém, minha grande surpresa nesse filme foi o protagonista em si, Ryan Reynolds. Sempre achei-o um ator carismático (vide o porra-louca Van Wilder do filme O Dono da Festa); o problema é: ele sempre pega papéis péssimos em seus filmes. Atuação após atuação, seus personagens pertencem sempre a dois grupos: o dos durões (em filmes de ação) e os babacas (em comédias idiotas)! Para meu espanto, e felicidade, Ryan é bom ator. Sua interpretação nesse filme, se não é genial, pelos menos não decepciona em momento nenhum. E o melhor não é isso, mas sim que, apesar da cara de moleque fanfarrão que ele tem, ele convence como pai solteiro.
E por fim, temos a fofa Abigail, interpretando a curiosa Maya Hayes. A cena em que ela pergunta inocentemente a Will o que é um Ménage à trois é hilária... e como resposta, Reynolds solta um constrangido: "- É uma coisa que os adultos fazem quando estão entediados".
Concluindo, assistam Três Vezes Amor. É uma comédia-romântica na medida, recomendada para todas as idades, para casais de namorados, para pessoas solteiras, enfim, pra toda a família. NOTA: 8,5


segunda-feira, 19 de maio de 2008

I am Iron Man!

Meditações sobre o filme do Tony Pinga!

Estava querendo escrever um crítica sobre o filme do Homem de Ferro, nada muito detalhado, somente algo que expressa-se de forma plena a impressão que tive do filme. Então lá vai...
Pra começar, é bom deixar claro a importância desse filme, uma vez que ele é o primeiro produzido pela Marvel Comics (nos filmes anteriores, a empresa vendia os direitos pra outras produtoras), o que permite que ela construa no cinema o mesmo colossal universo de personagens que ela contruiu ao longo de seus quase 50 anos de existência.
Pois bem, vamos ao filme. Tony Stark não é o tipico herói arquétipo. É beberrão, canastrão, falastrão, e dono da maior indústria de tecnologia bélica dos EUA, a Starks Industries. E é ai que está todo o charme de Stark, a fuga do típico nobre que busca por justiça. Junte a isso, um roteiro meio clichê, mas que funciona muito bem e um elenco carismático, sobre a batuta de um diretor eficiente e você terá um otímo filme.
Em suma, a trama é a seguinte: Sequestrado por terroristas iraquianos, Tony Stark deixa de ser um espectador e passa a "sentir" na pele a guerra que ele ajuda a criar com suas armas. Criando assim uma armadura que o ajuda a escapar de seu cativeiro, o rico Tony passa a não querer que seu legado seja apenas o da morte. Assim nasce a armadura dourada que o milionário usa para ajudar as pessoas. Clichê não? Pois é. Mas esse roteirozinho previsivél é muito bem trabalhado pelo diretor Jon Favreau; se sua direção não é genial, é muito competente. Um porém que levanto aqui é que Favreau poderia tomar uma direção mais "O Senhor das Armas" no que se refere as criticas a industria armamentista americana... o diretor poderia ter sido mais ácido. Entretanto, ele prefere ser sútil. A crítrica esta ali, tímida, mas presente.
Somado a isso, um elenco vigoroso que da alma a pelicula. Gwyneth Paltrow como a espirituasa secretária Pepper Potts não deixa seu romance com Tony se tornar, em momento algum do filme, um amor piegas. Já Terrence Howard em uma ótima performace como o militar Jim Rhodes já dá sinais daquilo que se tornará no futuro (para quem não sabe, o personagem assumiu nos quadrinhos a identidade de Máquina de Guerra (War Machine), uma versão do Homem de Ferro que trabalha diretamente pro governo. Jeff Bridges no papel de Obadiah Stane, o Monge de Ferro, interpretá um vilão regular, sem nada de genial a ressaltar, mas que não deixa a bola cair em momento algum. E por último, e mas importante, temos Robert Downey Jr. como o carismático Tony Stark; e digo uma coisa, é Downey Jr. nasceu para esse papel. Sua interpretação é excelente, e claro, um momento ótimo para que o ator volte ao mainstream de Hollywood (para aqueles que não sabem, o ator teve um conturbado "Anos 90" em que se envolveu com drogas e viu sua carreira despencar).
Claro que não posso deixar de falar dos efeitos especiais do filme. As três armaduras (Mark I, II e III) funcionam muito bem na tela, moldadas com o talento da equipe da ILM (Industrial Light & Magic, empresa de efeitos especiais de George Lucas)! E digo mais, as armaduras são sim, bastante verossímeis.
Então é isso. Homem de Ferro é um filme muito bom, divertido (lembra muito o espírito do primeiro filme do Homem-Aranha) e que cumpre sua função! Bons efeitos, boas atuações e uma boa história.
E não poderia deixar de citar as inúmeras pistas que a Marvel e o diretor Jon Favreau espalharam pelo filme. Seja Terrence Howard olhando para a Mark II (como eu disse, ele se tornará a Máquina de Guerra), seja a organização terrorista dos Dez Anéis (comandada pelo Mandarim, típico inimigo do herói nas HQs), a organização governamental com o nome gigantesco: Strategic Homeland Intervention, Enforcement, and Logistics Division, que abreviada forma o nome S.H.I.E.L.D, o escudo do Capitão América que aparece muito rapidamente em uma cena, ou mesmo a cena final pós-créditos, que prepara terreno para um outro filme da Marvel (como disse no início, agora a editora/produtora tem a oportunidade de criar sua mitologia nos cinemas), cena essa que fará fãs da Marvel (Marvecos) ou mesmo fãs de quadrinhos em geral terem orgasmos nerds!
Finalizando, corra para o cinema e assita a esse ótimo filme (e não deixe de ficar até o final dos créditos)!
NOTA: 8,5

Ps: Um filme que começa ao som de Back in Black do AC/DC e termina com Iron Man do Black Sabbath não tem como dar errado!

domingo, 18 de maio de 2008

Tingalacatinga! Tinga-Ta!

É... acho que vou voltar a escrever nessa bodega!

... não tenho nada para escrever agora... por isso... satisfazendo meu ego, vai uma listinha dos 25 filmes que já vi esse ano no cinema!
Claro, você pode me chamar de cinéfilo... mas eu não me considero um. Isso porque, para se enquadrar dentro dessa definição, acho eu, ainda faltam clássicos e clássicos do cinema para eu assitir, além, é claro, de uma boa dose não só de películas americanas... mas também francesas, italianas, alemãs (não o expressionismo alemão, porque esse se encaixa na categoria de clássicos) inglesas, brasileiras, japonesas, e por que não, indianas (sim, eu quero assistir filmes de Bollywood)!
Além disso, sou uma "vítima" dos blockbusters americanos. Acabo sempre indo ver algum filme comercial (uma vez que o cinema de minha adorada cidade se resume a apenas comédias adolêscentes retardadas, filmes de terror que não assustam e os bons e velhos filmes-pipoca, todos eles dublados, é claro) legendado que apareça. Os bons filmes não-comerciais, independentes, FILMES no sentido absoluto da palavra ficam distantes, nos cinemas do "centro" financeiro do Rio de Janeiro (entenda Zona-Sul), o que impossibilita que eu e outros amantes da 7ª arte assistam mais filmes bons durante o ano (somado claro, aos preços exorbitantes de alguns cinemas)!

Por isso não, não sou um cinéfilo, não ainda. Como diria um velho sábio: "Tenho que comer muito arroz e feijão para chegar lá!"

Ai vai a lista seguida de uma nota (que ná minha opinião é adequada ao filme):

1. Eu Sou a Lenda - 8,0
2. O Caçador de Pipas - 8,0
3. Meu Nome Não É Johnny - 8,5
4. Cloverfield - 8,5
5. Sweeney Todd - O Barbeiro Sanguinolento da Rua Fleet - 7,5
6. Onde os Fracos Não Tem Vez - 9,5
7. O Gângster - 9,0
8. Os Indomáveis - 9,0
9. Rambo - 8,0
10. Juno - 9,5
11. Jogos de Poder - 8,5
12. 10.000 AC - 4,0
13. As Crônicas de Spiderwick - 8,0
14. Jumper - 7,5
15. Horton e o Mundo dos Quem - 8,0
16. Ponto de Vista - 8,0
17. Antes de Partir - 8,0
18. Rolling Stones - Shine a Light - 9,0
19. Não Estou Lá - 9,5
20. Loucas Por Amor, Viciadas e Dinheiro - 7,5
21. Três Vezes Amor - 8,5
22. Homem de Ferro 8,5
23. Os Reis da Rua - 7,0
24. Um Beijo Roubado - 9,5
25. Speed Racer - 8,5

...depois vou escrever a crítica de alguns desses filmes (os últimos que vi)!