"For Narnia! For Aslan!"

Pois bem, a franquia Nárnia teve inicio com a adaptação em 2005 do livro O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa, filme esse que tinha suas falhas (os olhos mais atentos, erros e falhas gritantes no que se refere aos efeitos especiais), mas de todo, era muito bom. Tinha um elenco infanto-juvenil excelente, apoiados por atores de peso, em uma história leve, com fundamentos míticos calcados nas religiões cristãs; uma bela e singela fábula. Um filme que encantava a todos, e que traduzia de forma digna a mitologia criada pelo escritor C.S. Lewis. A boa notícia? As Crônicas de Nárnia: Príncipe Caspian aprimora as qualidades do primeiro filme, amadurecendo a trama e agradando a todos os fãs de filme de fantasia.
Vamos a história do filme: 1300 anos se passaram desde que os quadro irmãos Pevensie – Lucy (Georgie Henley), Susan (Anna Popplewell), Edmund (Skandar Keynes) e Peter (William Moseley) – estiveram em Nárnia. Os Telmarinos (os quais podemos classificar como “o reino dos homens”) governam o mundo. Os minotauros, centauros, grifos, anões e animais falantes abandonaram suas florestas. É nesse cenário que surge Caspian (Ben Barnes), legitimo herdeiro do trono. Mas como de praxe, o tio “malvado”, Lorde Miraz, agora com um filho herdeiro, tenta matar Caspian. O príncipe foge, se escondendo na floresta, e recebendo ajuda dos poucos “seres mágicos” que ali ainda habitam. Cabe agora ao fugitivo herdeiro do trono convocar os quatro reis do passado para restabelecer a paz em Nárnia.
Mas uma vez, a pedra fundamental do filme são os irmãos Pevensie. Cada um deles são peças essenciais, tanto na história propriamente dita quanto nos aspectos técnicos do filme. O quarteto Georgie, Skandar, Anna e Willian são ótimos atores, que interpretam seus personagens de forma plena. O interessante é que eles realmente parecem irmãos, o que da maior firmeza a trama. Georgie, assim como no primeiro filme, é a mais carismática dos quatro. A menina parece ter intimidade com a câmera, o que a deixa muito a vontade com a personagem. O mesmo vale para Anna, com uma Susan que parece ter mais destaque aqui do que no primeiro filme. Skandar está bem, menos irritante que no primeiro filme (pena que não dão maior destaque pra ele no filme) e, por último, Willian, que apesar de saber interpretar bem, é o mais desinteressante dos quatro. E o melhor, eles estão amadurecidos. Três anos se passaram desde o primeiro filme. Os atores cresceram assim como a capa

A direção de Andrew Adamson é competente, mas possui suas falhas. Dentre elas, a irritante mania de tentar mostrar Peter como um Rei Arthur Narniano; a cada momento vemos alguma ação do personagem para tentar mostrar que é o “grande líder”. Ponto negativo pro diretor por essa insistência; ponto negativo pro ator, Moseley não tem cara nem coragem suficiente, em termos de atuação, para interpretar uma figura desse porte. E por último – e voltando ao tema da introdução – a insistência do diretor de ocupar boa parte do filme com batalhas. Como eu disse, muitos filmes buscam ser O Senhor dos Anéis, mas não são. Na obra de Tolkien, cada batalha adiciona muito a trama. Seja a investida a Moria, ou as batalhas nos campos de Pelennor; cada uma delas encorpa a história. Em Nárnia, isso não acontece. Até acredito que é válido por uma batalha no final, ok, mas a batalha no meio do filme (a invasão ao castelo Telmariano), apesar de ter um teor dramático, é, no meu ver, uma completa perda de tempo. Tempo esse que poderia ser gasto no desenvolvimento das personagens. Como eu queria ver mais cenas diálogos, explorando a meiguice de Lucy, ou a coragem de Susan, assim como as personalidades de Edmund e Peter. Cenas de diálogos entre os irmãos, construindo melhor a personalidade de cada um. Mas o diretor não faz isso. Pena.
No geral, As Crônicas de Nárnia: Príncipe Caspian é um bom filme. Atores carismáticos, um roteiro um pouco mais maduro (e que funciona de forma independente, sem necessidade de assistir o primeiro filme para entender o segundo) e uma direção, que como eu disse, não é perfeita, pelo menos é competente. Uma película para todas as idades, quem de certa forma resgata um pouco da inocência e pureza infantil em nossos coração adultos corrompidos pela realidade do mundo. Assista-o, e sonhe com as vastas planícies e florestas, rios e vales, e todas as belezas das terras de Nárnia. NOTA: 8,5

2 comentários:
Concordo com o 8.5 que você deu ao filme, mesmo eu ainda naõ tendo visto ele [logo, voltarei a comentar assim que o ver!]. Realmente, a diferença entre Principe Cáspian e O Leão, a Feiticeira e o Guarda-roupa é percepitivel quando se fala dos filmes... no livro também, embora a qualidade da hsitóiria escxrita seja muito superiro! As batalhas de P.C. são mesmo emocionantes e empolgantes... a tentativa de se voltar a velha Narnia é envolvente, já que acabamos nos sentindo como parte de tal. No livro, Os 4 reis e rainhas de Nárnia tem um papel de salvação de lá, masnão tão exarcebado e exagerado quanto no filme [uma amiga me disse que Pedro fala "Por naaarnia" o filme todo!] de um papel de ajuda para Cáspiam, passaram a entidades responsáveis para a salvação de toda a terra narniana. Os personagens, como vc disse, estão muito melhores agora.. a maturidade fez bem a eles! quanto a Ripchip, tenho a mesma vontade de Lucy, pegar-lo no colo como se fosse um bebê! rs
quanto as possíveis falhas do filme prefiro nem falar, quero ver com meus olhinhos primeiro! mas infelizmente nunca será tão bom quanto o livro...
Pra quem ainda não viu [como eu! rs] faço a seguinte sugestão: CORRA PARA O CINEMA! com certeza é um filme que vale muito a pena de ver!!
[be back soon!]
Também gosteo do filme, daria um 8, mas 8,5 também é uma nota justa, vou publicar esse review lá no mediocridade no domingo, dando uma "linkada" pro seu blog...
um abraço
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