"A Verdade está Lá Fora"

O filme começa mostrando o desaparecimente de uma agente do FBI. É ai que Dana Scully (Gillian Anderson), agora atuando como médica em um hospital infantil, é contactada pelo Bureau, que pede sua ajuda e a do ex-agente Fox Muder (David Duchovny) para solucionarem um caso que muitos pensam ser um arquivo x. Fox, por sua vez, ainda fugitivo do FBI (como mostrado no final da 9ª e última temporada da série) vive isolado em uma pequena casa. Depois de alguma resistência, ele e Scully resolvem ajudar a investigação, comandadas pelos agentes Whitney (Amanda Peet) e Drummy (Xzibit). O desaparecimento da agente está, por sua vez, ligado a uma série de desaparecimento de mulheres. Ai que surge o padre pedófilo Joseph Crissman (Billy Connolly), que afirma ter visões das mulheres e de seus sequestradores. A partir dai o filme se desenvolve como uma regular pelicula de suspence, com direito a citações a série (como a falta que Mulder e Scully sentem do filho, o bebê William), e a participação especial de Mitch Pileggi como o Diretor Assistente Walter Skinner.
A história em si, passa longe da alcunha de "arquivo x". O único fator sobrenatural do filme são as visões do padre Joseph, que ajudam a solucionar o caso. Paralelo a isso, vemos Scully buscando ajudar um menino com uma rara doença, monstrando, como era de praxe na série, seu lado maternal. Aos atentos, prestem atenção em uma cena em que Mulder vai ligar para Scully. A câmera mostra o celular do personagem, e na agenda, ele seleciona o nome Gillian. Um erro divertido, que não prejudica o filme, apenas diverte.
No geral, as atuações são boas. David Duchovny e Gillian Anderson continuam em sintonia. É maravilhoso rever Mulder e Scully agindo juntos novamente, e discutindo aquilo que os move. A fé de cada um é o tema central da trama. Fox ainda busca salvar sua irmã (mesmo sabendo que ela está morta), e Scully tenta entender os caminhos que Deus escolhe para o mundo. Essa dualidade dos dois, somado ao agora maduro relacionamento dos dois formam a alma do filme. Assim como ná série de TV, mais importante que as histórias contadas, o divertido é ver Mulder e Scully juntos. Já o elenco de apoio é apenas regular, sendo, como é de se esperar, ofuscados pelo brilho de Duchovny e Anderson.
A direção é linear, sem nenhum destaque; até porque é o primeiro filme dirigido por Carter. Antes ele tinha apenas dirigido alguns episódios da série. Talvez por isso a película ficou com cara de episódio prolongado. E isso, associado a história tipo "monstro da semana" (que mostra uma espécie de Dr. Frankeinstein moderno) deixam o filme meio sem-gosto. Não há muitas coisas que empolguem os espectadores e os fãs do programa de TV. Como disse antes, é só uma chance de rever os personagens da série, e ver como eles estão anos depois.
No geral, Arquivo X - Eu Quero Acreditar - para os leigos, esse subtitulo é uma referência a frase estampada no poster da parede de Mulder, que mostra um disco voador e abaixo a frase "I Want Believe" - é um filme que entretem. Mas no geral, é mais recomendado para dos fãs da extinta série do que para novos expectadores. Meu desejo pessoal é que Cartar resolva produzir um terceiro filme, para ai sim, fechar a mitologia da série com chave de ouro, mostrando bebê Willian usando seus poderes para acabar com a raça dos alienígenas cinzas, impedindo a colonização e salvando a humanidade. NOTA: 8,0

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